Maria do Socorro de Souza é presidenta do Conselho Nacional de Saúde (CNS), a maior instância de controle social da área. Presente na cerimônia de sanção do programa Mais Médicos, Maria do Socorro disse que o programa representa uma mudança de paradigma na forma de pensar políticas públicas, uma vez que direciona a atenção ao interior do Brasil, que, como lembra, carece de maior acesso aos serviços de saúde.
“É conceber a política pública como sendo responsabilidade do Estado. [O programa] representa também uma mudança na forma de pensar a saúde a partir do interior do país. O Brasil é um país essencialmente rural, 75% dos municípios brasileiros têm menos de 50 mil habitantes e são essencialmente rurais. Significa colocar a presença do Estado para garantir o direito à saúde”, afirmou.
Edmundo O’more é liderança na área de saúde indígena pela Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB). Da etnia Xavante, no Mato Grosso, Edmundo conta que vive com 66 famílias numa aldeia distante 200 km da cidade de Barra do Garça e defendeu a importância do Mais Médicos na tentativa de se garantir o acesso às populações historicamente excluídas.
“A demanda é enorme. A exemplo de nossas mulheres. Fazer pré-natal, garantir tratamento à criança, é uma dificuldade. Mas esse programa traz uma forma de diminuir todo esse fluxo, essa demanda. Em contrapartida, nós precisamos colaborar, contribuir com toda essa política para melhorar o atendimento de saúde”, disse Edmundo.
Fonte: Blog do Planalto.